Inauguração da exposição “Venham mais cinco. O Olhar Estrangeiro sobre a Revolução Portuguesa 1974–1975”, com a curadoria de Sérgio Tréfaut, produzida por Faux, com o apoio do Instituto Italiano de Cultura de Lisboa.
Estará presente o fotógrafo italiano Fausto Giaccone
Inauguração: Sexta-feira, 23 de maio, às 21h00
Parque Empresarial da Mutela (antiga Lisnave)
Av. Aliança Povo MFA – Almada
Entrada livre.
A exposição estará patente de 24 de maio a 24 de agosto, de 5ª a Domingo, das 11h00 às 19h00
Com a curadoria de Sérgio Tréfaut, a exposição reune 200 imagens, em grande formato, de alguns dos maiores repórteres do mundo que retrataram a Revolução Portuguesa durante dois anos, e que também acompanharam a independência das ex-colónias. Um património não acessível em Portugal durante 50 anos.
Fotografias de: Alain Keller, Alain Mingam, Alécio de Andrade, Augusta Conchiglia, Benoît Gyembergh,Dominique Issermann, Fausto Giaccone, François Hers, Gérard Dufresne,Gilbert Uzan, Giorgio Piredda, Guy le Querrec, Henri Bureau, Hervé Gloaguen, Jacques Haillot, Jean Gaumy, Jean-Claude Francolon, Jean-Paul Miroglio, Jean-Paul Paireault, José Sanchez-Martinez, Michel Giniès, Michel Puech, Paola Agosti, Perry Kretz, Rob Mieremet, Sebastião Salgado, Serge July, Sylvain Julienne, Uliano Lucas, Vojta Dukát.
Assinalam-se as/os fotografas/os italianas/os
Augusta Conchiglia é jornalista, fotógrafa e co-realizadora de documentários. Em 1968, foi a Angola documentar a guerrilha do MPLA. As suas imagens dos combatentes que marchavam com paus em vez de armas chamaram a atenção da comunidade internacional. Daí resultou o livro Guerra di popolo em Angola (1969). Em 1974 também documentou as independências africanas.
Fausto Giaccone nasceu na Sicília. Quando era estudante de arquitetura, fotografou movimentos e protestos juvenis. Viajou pelos cinco continentes como fotojornalista freelancer, mas foi a sua reportagem de 1975 sobre as ocupações de terras na aldeia de Couço, no Ribatejo, que alterou a sua vida. Regressou dez anos depois e publicou o livro «Uma História Portuguesa». Mantém uma forte ligação a Portugal, onde realizou várias exposições, incluindo uma no Panteão Nacional.
Giorgio Piredda, artista reputado pela sua atividade no campo da fotografia e no trabalho com o vidro, sobretudo nos anos 60 e 70. Documentou extensivamente a Revolução Portuguesa e as suas imagens ainda hoje sobre este período são publicadas em jornais e revistas.
Paola Agosti iniciou a carreira como fotógrafa em 1968. Apanhou um dos primeiros aviões para Lisboa após o 25 de Abril e em poucas semanas produziu imagens surpreendentes. Desde 1976 o seu foco principal é o feminismo e o trabalho das mulheres. No cinquentenário da Revolução as suas imagens circularam numa exposição em Itália e foram editadas em livro, «Lisbona, la notte è finita! – La Rivoluzione dei garofani nelle fotografie di Paola Agosti»
Uliano Lucas interessa-se desde o início da sua carreira por causas políticas e sociais. Publica em revistas como Tempo, Jeune Afrique e Koncret ou em publicações para a reflexão sobre o terceiro mundo. A revolução portuguesa e as guerras de libertação em Angola e Guiné-Bissau são parte importante do seu trabalho. Tem um livro publicado em Portugal: «Revoluções – Guiné Bissau, Angola e Portugal (1969-1974)».
Parceiros institucionais: Ministério da Cultura, Comissão Comemorativa 50 Anos 25 de Abril, Câmara Municipal de Almada, Arco Ribeirinho Sul, Associação 25 de Abril, Fundação Calouste Gulbenkian, Instituto Italiano de Cultura de Lisboa.