32º Festival de Teatro de Almada
HOTEL DA BELA VISTA, de Ödön vonHorváth
Encenação
de Paolo Magelli
INTÉRPRETES Daniel Dwerryhouse, Elisa Cecilia Langone,
Fabio Mascagni, Francesco Borchi, Marcello Bartoli, Mauro Malinverno, Valentina
Banci
Língua:
italiano legendado em português
Duração
1h55
Classificação
M/12
No
âmbito do 32º Festival de Teatro de Almada, espetáculo Hotel da Bela Vista do
Teatro Metastasio Stabile della Toscana, com o apoio do Instituto Italiano de
Cultura.
Ödön von Horváth, que escreveu a sua
obra entre as duas Grandes Guerras, parece não ter feito outra coisa senão
alertar-nos, aos gritos, para os perigos da catástrofe. Obcecava-o a ideia de
que a burguesia e a aristocracia mitteleuropeias fossem incapazes de optar por
utopias positivas, tornando a cair nos mesmos erros que em 1914 tinham lançado
a Humanidade na maior matança de sempre.
Hotel
da Bela Vista
(estreado em 1926) esteve para chamar-se Hotel Europa. Paolo Magelli, o
encenador poliglota e vagamundo, decide montar este texto porque nele “reconhecemos
sem dúvida as inquietantes anomalias anti-utópicas dos tempos em que vivemos”.
Horváth foi silenciado por um raio, nos
Campos Elíseos, quando fugia para a América, acossado pela besta negra do
nazismo. Não será já tempo de prestarmos atenção àquilo de que tentou
avisar-nos, aos gritos?
Paolo Magelli (Prato, 1947) estudou
teatro e línguas eslavas, tendo integrado o Teatro Estúdio Metastasio,
juntamente com atores como Roberto Benigni. Torna-se assistente de Giorgio Strehler
e, em 1974, inicia em Belgrado um percurso que o levará a trabalhar nas
principais cidades do leste europeu (Saraievo, Zagreb, Liubliana, Split,
Dubrovnik), da Europa ocidental (Paris, Dresden, Wuppertal) e do Mundo
(Caracas, Cidade do México, Bogotá, Ramallah, Telavive).
http://www.ctalmada.pt/cgi-bin/wnp_db_dynamic_record.pl?dn=db_festivais&sn=festival_2015&orn=436