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GIORGIO GRIFFA: QUASI TUTTO

‘Giorgio Griffa: Quasi tutto’ exposição antológica do artista italiano Giorgio Griffa

Exposiçãoantológica Giorgio Griffa: Quasi tutto, organizada pelo Museu de Arte
Contemporânea de Serralves di Porto, com o apoio do Instituto Italiano de Cultura.

Comissários: Suzanne Cotter, Diretora do Museu de Serralves e Andrea Bellini, Diretor do Centre d”Art
Contemporain de Genebra

Inauguração
da Exposição:
13 de maio às 22h00 com a presença do artista Giorgio Griffa

Conversa
na Exposição:
14 de maio das 11h30 às 12h30 na Galeria do Museo, com o artista Giorgio
Griffa, Suzanne Cotter, Diretora do Museu de Serralves e Andrea Bellini, Diretor
do Centre d”Art Contemporain de Genebra

 

É a primeira vez que a obra do artista italiano
é apresentada em Portugal. Trata-se do culminar de uma série de exposições
originalmente apresentadas no Centre d’Art Contemporain, Genebra (Suíça), que
viajaram para o Bergen Kunsthall, Bergen (Noruega) e a Fondazione Giuliani,
Roma (Itália). Comissariada pela diretora do Museu de Serralves, Suzanne Cotter
e Andrea Bellini, diretor do Centre d’Art Contemporain, Genebra, a exposição de
Serralves apresenta uma ampla seleção composta por mais de quarenta pinturas e
cerca de cinquenta desenhos datados de 1969 a 2015. Debruçando-se sobre a
produção altamente abstrata, no entanto eminentemente pictórica de Griffa, esta
ambiciosa exposição revela o compromisso do artista com a prática da pintura
enquanto processo cumulativo cujo continuum faz parte de uma realidade física e
metafísica mais vasta.

 

Giorgio
Griffa
(1936, Turim, Itália) pertence à geração de artistas italianos que atingiu a
maioridade nos anos 1960 e propôs uma total redefinição da pintura. Desde
finais da década de 1960, Griffa tem levado a cabo uma redução da pintura aos
seus componentes essenciais, tela crua não esticada, pigmento e pinceladas, e
desprovida de subjetividade expressiva, redefinindo radicalmente a disciplina e
as suas possibilidades num mundo em transformação. Embora o seu emprego de
materiais e gestos simples o alinhe com os artistas italianos da arte povera e
os proponentes do movimento Support/Surface, em França, que foram os seus pares
nos anos 1960 e 1970, o seu interesse pelo imediatismo e pela dimensão
performativa da pintura enquanto processo baseado no tempo foi também inspirado
pela filosofia zen.

Nos anos 1980, o regresso ao
neoexpressionismo e à transavanguardia italiana marcou para Griffa um período
de re-comprometimento com o potencial expressivo do uso elementar da cor, da
linha e do gesto que sustentou a sua prática na década anterior. Inspirando-se
em parte no emprego da sequência de Fibonacci pelo colega artista Mario Merz na
década de 1990, os números da regra de ouro entraram na linguagem pictórica de
Griffa. As suas pinturas das duas últimas décadas reúnem esses elementos
constitutivos com um vigor e uma urgência renovados. Os trabalhos expostos em
Serralves refletem esses momentos-chave da obra de Griffa, incluindo pinturas
importantes do ciclo conhecido por “Alter Ego”, que constituem um diálogo
conceptual e intelectual com pintores que vão de Tintoretto a Matisse e a Agnes
Martin.

 

A exposição salienta ainda a importância dos
desenhos de Griffa do mesmo período das suas pinturas. Os desenhos revelam a
continuada elaboração de ideias para as pinturas e a reflexão de uma obra
paralela, em que o gesto repetitivo e o signo remetem para o carácter
primordial e notacional da origem da pintura.

 

Um livro profusamente ilustrado, editado por
Andrea Bellini e publicado pela Mousse Publishing, apresenta a obra do artista
ao longo de cinquenta anos. O livro inclui novos ensaios de Andrea Bellini,
Luca Cerizza, Laura Cherubini, Martin Clark, Suzanne Cotter, Chris Dercon e
Marianna Vecellio, uma conversa com o artista conduzida por Hans Ulrich Obrist
e textos da autoria de Griffa.

 

Giorgio Griffa nasceu em 1936 em Turim onde
continua a viver e a trabalhar. A sua obra tem sido mostrada em inúmeras
exposições por todo o mundo. Griffa expôs na Sonnabend Gallery, Nova Iorque, em
1970 e participou em importantes exposições internacionais, como
“Prospekt”, Düsseldorf (1969 e 1974) e a Bienal de Veneza (1978 e 1980). Entre
outras das suas primeiras exposições importantes destacam-se “Processes of
Visualized Thought: Young Italian Avant-garde”, Kunstmuseum Luzern (1970) e
“A Painting Exhibition of Painters who Place Painting in Question”,
Städtisches Museum Mönchengladbach (1973). As recentes exposições individuais
de obras de Giorgio Griffa incluem “Uno and Due”, Galleria Civica d”Art
Moderna e Contemporanea, Turim (2002); Neuer Kunstverein, Aschaffenburg (2005),
MACRO – Museo d”Arte Contemporanea, Roma (2011); e “Golden Ratio”, Mies
van der Rohe Haus, Berlim (2013). Em 2016 uma exposição das suas pinturas mais
recentes esteve patente no museu Vincent Van Gogh Museum em Arles. Autor de
inúmeros textos sobre a sua arte, também produziu obras em livro, incluindo, em
2002, uma edição limitada dos Cantos de Ezra Pound.

 

Exposição
patente de 14 de maio a 4 de setembro de 2016

 

Imagem: Giorgio Griffa, Canone Aureo 868, 2014. Tinta
acrílica sobre tela. 204 x 120 cm. Cortesia do artista e Casey Kaplan, Nova
Iorque. Fotografia: Giulio Caresio

  • Organizado por: Museu de Arte Contemporânea de Serralves
  • Em colaboração com: IIC Lisbona