Conferência I musei della Toscana riuniti nel Polo Museale: una assoluta eccellenza italiana pelo Dr. Stefano Casciu, Diretor do Polo Museale della Toscana, em colaboração com o Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa.
É prevista a tradução simultânea italiano-português
Formado em história de arte, Stefano Casciu estudou em Florença com Mina Gregori, aprofundando temáticas ligadas ao colecionismo e ao mecenatismo artístico da Casa dos Médici, nomeadamente do último membro da dinastia, Anna Maria Luísa, Eleitora Palatina. Os seus estudos debruçam-se sobre a Florença da fase mais tardia da Casa dos Médici, a arte florentina entre os séculos XVII e XVIII (especialmente sobre à natureza morta) e o colecionismo e o mecenatismo das antigas dinastias italianas. A esse respeito, curou a exposição La Principessa saggia. L’eredità di Anna Maria Luisa de’ Medici Elettrice Palatina [A princesa sábia. O legado de Anna Maria Luisa de’ Medici Elitora Palatina] na Galleria Palatina de Palazzo Pitti (2006).
Desde 1990, tem trabalhado como historiador da arte pelo Ministero per i Beni Culturali. Nomeadamente desempenhou funções em:
Arezzo: foi diretor do Museo statale d’Arte Medievale e Moderna e responsável pelos territórios de Cortona e Sansepolcro; integrou a equipa que restaurou a Leggenda della Vera Croce de Piero della Francesca em Arezzo; em 1992, participou na realização das exposições Nel raggio di Piero (Sansepolcro) e La Madonna del parto (Monterchi).
Florença: Galleria Palatina de Palazzo Pitti (onde teve a oportunidade de aprofundar os seus estudos sobre o colecionismo da Casa dos Médici e sobre a arte toscana dos séculos XVII e XVIII e participou na publicação do Catalogo completo dei dipinti della Galleria Palatina, 2003); as Villas dos Médici de Petraia, Castello e Poggio a Caiano (enquanto diretor das villas dedicou-se ao estudou da pintura italiana da natureza morta e do seu colecionismo na corte dos Medici e entre 2001 e 2007 projetou e realizou o novo Museo della Natura Morta nella Villa medicea di Poggio a Caiano, do qual curou a edição do catálogo completo dos quadros em 2009).
Curou e participou na organização de muitas exposições em Florença: entre elas recordamos Natura morta italiana dal Caravaggio al Settecento, com curadoria de Mina Gregori em Munique e em Florença (2002-2003); e Natura morta. Still life paintings and Medici collections, com curadoria de Stefano Casciu e Marco Chiarini, que circulou em sei museus estadunidenses entre 2006 e 2008; Caravaggio e caravaggeschi a Firenze, Palazzo Pitti e Galleria degli Uffizi (2010).
Desde 2010 é dirigente do Ministero per i Beni e le Attività Culturali. Dirigiu as sedes de Módena e Reggio Emilia (Soprintendente até 2015) e de Mántova, Cremona e Brescia (ad interim em 2011).
Também foi diretor da Galleria Estense de Módena e do Palazzo Ducale di Sassuolo. Entre as iniciativas pelas quais foi responsável ou nas quais colaborou nesse período, relembramos: a exposição Guido Reni a Reggio Emilia (Reggio Emilia); o congresso Modena Barocca, Artisti e opere alla corte di Francesco I d’Este (Módena); a exposição Gli Este. Rinascimento e Barocco da Ferrara a Modena (Turim, Reggia di Venaria Reale, 2014); a exposição Piero della Francesca. Il disegno tra arte e scienza (Reggio Emília 2015).
Depois do sismo de Maio de 2012 em Módena e arredores, coordenou na região da Emília as operações de recuperação e armazenagem do património artístico que ficou danificado, organizando o Centro de Recolha do Palazzo Ducale de Sassuolo, onde ainda se encontram depositadas em lugar seguro mais de 2000 peças de arte. Curou também a nova organização da Galleria Estense de Módena, que reabriu em Maio de 2015, depois do sismo. Entre as novidades do museu citamos a realização do suporte antissísmico para o Busto di Francesco I de Gian Lorenzo Bernini.
Desde 2015 é diretor do Polo Museale della Toscana, com sede em Florença, que integra 49 museus, sítios e lugares de interesse cultural localizados na região. Desde então, tem-se dedicado principalmente à organização do novo Gabinete e à gestão dos museus que a ele pertencem, nos quais foram organizadas muitas iniciativas de valorização.
É membro também dos Conselhos de Administração das Gallerie degli Uffizi, do Museo Nazionale del Bargello, da Galleria dell’Accademia e da Fondazione Casa Buonarroti de Florença.
Imagem: Ambrogio Lorenzetti, Madonna col Bambino in trono, Angeli e Santi (“Piccola Maestà“), Siena, Pinacoteca Nazionale (Polo Museale della Toscana), têmpera e ouro sobre madeira, ca. 1342-1344