No âmbito do Ciclo ‘O Papel e a Marca d’Água de Fabriano: uma excelência italiana’:
conferências ‘Carta e stampa, eccellenze a contatto’ por Giorgio Pellegrini e ‘La diffusione della carta in Italia e il primato di Fabriano’ por Franco Mariani
Giorgio Pellegrini
Num famoso soneto dedicado ao papel “In lode della carta” de Francesco Stelluti, cientista de Fabriano, lê-se “embora frágil, é mais valioso que o mármore… e apesar dele próprio torna o homem imortal” (“è fragil sì, ma più de’ marmi vale… e fa malgrado suo l’uomo immortale”) a querer significar o contributo da tradição secular do papel de Fabriano. O Museo della Carta e della Filigrana é o lugar onde se celebra há 34 anos este saber artesanal, lugar que permitiu à cidade de Fabriano conseguir em 2013 o reconhecimento de cidade criativa por parte da Unesco.
Giorgio Pellegrini, jornalista e diretor do Museo della Carta e della Filigrana de Fabriano desde 1998. Foi correspondente da Agência de notícias italiana Ansa e dos jornais nacionais Il Messaggero, Il Resto del Carlino e adido de imprensa da cidade de Fabriano. Responsável pelos Serviços Cultura, Turismo e Políticas Juvenis de Fabriano, curador do Prémio Internacional Bienal “Fabriano Watercolour” e diretor responsável da Web-TV DG-Marche, organizou em 2014 o Meeting Internacional IAPMA (International Association of Papermaker and Paper Artist) e, em colaboração com o Prof. Franco Mariani, Presidente do CISSCA A.F. Gasparinetti, o XXXII Congresso da International Paper Historians (IPH).
Franco Mariani
A técnica do fabrico do papel, introduzida na Península Ibérica aquando da expansão árabe, difundiu-se em Itália graças aos mercadores genoveses que transferiram para o nosso País o conhecimento das técnicas de fabrico do novo suporte da escrita. Numa pequena vila da Itália central, Fabriano, a laboração do papel tornou-se objeto de importantes inovações e, em breve, alcançou uma grande notoriedade. O papel de Fabriano conquistou os mercados nacionais e estrangeiros graças à sua excelente qualidade, tanto que ainda hoje a palavra Fabriano é sinónimo de papel.
Franco Mariani, licenciado em Graphic Design no ISIA (Instituto Superior das Indústrias Artísticas) de Urbino, foi diretor de publicidade de várias marcas italianas e docente de Projetos da Edição de Livros e de História do Livro e da Imprensa na Universidade de Urbino. Dedica-se, desde 1993, ao estudo e à investigação na área da história do papel e das Marcas d’Água. Tem publicado os resultados das suas investigações, participa em colóquios em Itália e no estrangeiro, proferindo conferências e seminários sobre este tema e colaborando com o Museo della Carta e della Filigrana de Fabriano.
http://www.museodellacarta.com/
O documentário que é apresentado em antestreia no IIC de Lisboa foi realizado para o Museo della Carta e della Filigrana de Fabriano por Marco Hagge, coordenador da rubrica dedicada ao Património Cultural do Telejornal da RAI 3.