Encontro com os artistas Bruna Esposito e Marco Fedele di Catrano

Uma conversa com os artistas Bruna Esposito e Marco Fedele di Catrano, moderada pelo diretor do Instituto Italiano de Cultura de Lisboa, Stefano Scaramuzzino, e com a participação da crítica de arte Valeria De Siero, dedicada ao diálogo entre práticas artisticas contemporâneas e espaços museológicos de vocação científica.

A partir das exposições “giganti miniature” (Museo delle Civiltà, Roma) e “Empty spaces between ladders” (Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Lisboa), a reflexão irá centrar-se sobre as formas como a arte pode estabelecer novas relações com contextos e coleções extra-artísticas.

A conversa será complementada pela projeção do documentário da exposição “giganti miniature”, do realizador Lorenz Kloska (20’, 2025) e por materiais visuais da exposição “Empty spaces between ladders”.

Bruna Esposito nasceu em 1960, em Roma, onde vive atualmente. Em 1979, concluiu os estudos no IV° Liceo Artistico Statale de Roma, tendo como professora a pintora Carmengloria Morales. Frequentou durante um ano a Faculdade de Arquitetura da Universidade La Sapienza de Roma, enquanto estudava dança racional com Rosanne Sophie Moretti. Em 1980, mudou-se para Nova Iorque, onde estudou dança aérea com Batya Zamir e dança minimalista com Sally Gross. Em 1984, obteve uma bolsa de estudos ISP do Whitney Museum of American Art. Desde 1986, viveu e trabalhou em Berlim Ocidental, onde desenvolveu o projeto ‘Due gabinetti pubblici a compost, graças a duas bolsas da IBA-Berlin. De regresso a Roma, lecionou na Cabot University, na Temple University e no programa europeu de honra do RISD (Rhode Island School of Design); mais tarde, iniciou a leccionar nas Academias de Belas-Artes de L’Aquila, Frosinone, Brera e, atualmente, de Roma.
Participou em inúmeras exposições coletivas e individuais, assim como em Quadrienais e Bienais, tanto nacionais como internacionais.
O seu trabalho foi distinguido com diversos prémios, entre os quais o Leão de Ouro da 48.ª Bienal de Veneza.

Uma seleção de exposições:
Bienais e Quadrienais nacionais e internacionais:
Quadriennale di Roma (1996 – 2008 – 2021);
Documenta X Kassel, Alemanha (1997);
La Biennale di Venezia (1999 – 2005);
Sonsbeek 9, Arhnem, Paises Baixos (2001);
Istanbul Biennial, Turquia (2003);
Gwanjiu Biennial, Coreia do Sul (2004);
New Orleans Biennial, EUA (2008);
Cuenca Biennial, Equador (2016);
Biennial de La Habana, Cuba (2019).

Uma seleção de Prémios:
Leone d’oro 48ª La Biennale di Venezia (1999).
PS1 Italian Program, Whitney Museum of American Art, Nova Iorque, U.S.A. (1999);
Premio Nazionale per la Giovane Arte Italiana, MAXXI, Roma (2001);
Selezione Premio Camera dei Deputati 150° dell’Unità d’Italia, Montecitorio, Roma (2011);
62a Edizione Premio Termoli, MACTE, Termoli (2021);
9a Edizione Premio Italian Council, MIC, Roma (2021).

Marco Fedele di Catrano (Roma, 1976) é um artista visual interdisciplinar cuja prática abrange instalação, fotografia, escultura e vídeo. O seu trabalho caracteriza-se por uma abordagem intuitiva aos materiais, aos objetos e aos espaços. Por vezes reelabora elementos encontrados e elementares, transformando-os em formas sintéticas e metafóricas, com o objetivo de conjugar uma estética minimalista com temas de relevância existencial e sociopolítica.
Muitas das suas intervenções são site-specific e temporárias, concebidas em diálogo com a arquitetura existente – tanto em contextos interiores como no espaço urbano.
Exibiu o seu trabalho em instituições internacionais como o Museu Nacional de História Natural e da Ciência (Lisboa), Künstlerhaus Bethanien (Berlim), SALTO (Lisboa), Môtiers – Art en plein air (Neuchâtel), Helmhaus (Zurique), Fundació Joan Miró (Barcelona), CII Fabrika (Moscovo), Ekaterina Cultural Foundation (Moscovo), Haus für Kunst Uri (Altdorf), La Rada (Locarno), Kunstraum Walcheturm (Zurique), Museo MAGA (Gallarate), Mestna Galerija (Liubliana), RAM radioartemobile (Roma), Kunstmuseum Thun (Thun), American Academy in Rome (Roma) e Multimedia Art Museum (Moscovo).
Participou em importantes eventos internacionais, incluindo o programa paralelo da 7.ª Bienal de Moscovo, a 54.ª Bienal de Veneza (Extroversion, com curadoria de Franz West) e Epicentro, na Bienal de Arquitetura de Veneza (2010).
Os seus vídeos foram projetados no Museu Estatal de Arquitetura Schusev (Moscovo), no Addis Video Art Festival e no Museum of Modern Art (Adis Abeba), na 35.ª edição do Uppsala International Short Film Festival e no Optica Video Festival (Gijón).
Em 2013, foi distinguido com o Prémio Federal Suíço de Artes Visuais (Swiss Art Awards). Vive e trabalha em Lisboa e é mestre em Belas-Artes pela Zürcher Hochschule der Künste (ZHdK).