Apresentação do livro «Cervello. Manuale dell’utente» (Cérebro. Manual do utilizador) de Marco Magrini publicado por Giunti, com a presença do autor que falará disso com Niccolò Bonacchi, neurocientista, investigador no Centro Champalimaud de Investigação para o Desconhecido de Lisboa
«Temos um manual para todas as máquinas que possuímos, excepto para a mais importante». Desta banal reflexão, Marco Magrini teve a ideia de escrever um manual sobre o cérebro humano, com a estrutura de um manual de uma máquina de lavar ou de um frigorífico. Já dos títulos dos capítulos (como Instalação, Sistema Operativo, Painel de Controlo ou Placa de Expansão) se percebe que a metáfora é levada ao extremo. O leve tom humorístico, como na comparação entre os cérebros Modello F® (feminino) e Modello M® (masculino), contribui para a sua inata finalidade de divulgação.
O cérebro não é exactamente uma máquina, ainda assim cada utente de um cérebro humano deveria conhecer melhor os componentes, os mecanismos e engrenagens biológicas que o fazem funcionar. É o momento certo para fazê-lo. Apesar do género humano ainda estar longe de a compreender plenamente, os gigantescos progressos feitos pela neurociência nos últimos anos mostram as maravilhas, às vezes contra-intuitivas e inesperadas, da máquina cerebral.
Marco Magrini – Jornalista, escreve sobre a ciência e tecnologia. Trabalhou por 24 anos no Il Sole 24 Ore, sobretudo como enviado especial. Afirma ser um descendente de Giovanni Villani, o proto-repórter da Florença medieval. Vive em Lisboa.
Niccolò Bonacchi – Neurocientista, é investigador no Centro Champalimaud de Investigação para o Desconhecido, Lisboa. A sua jovem carreira como artista circense fomentou o seu interesse pela psicologia e o comportamento humano, culminando num master em Psicobiologia e num doutoramento em neurociência (mas também anos de intervenção social como palhaço e psicólogo). Vive em Portugal há mais de 25 anos.
«Um livro sobre o cérebro escrito como um manual para o utilizador, com muita informação sobre as garantias, as resoluções dos inconvenientes e as notas legais, é um modo original e inteligente de divulgar a neurociência».
Gilberto Corbellini (professor, Filosofia da Ciência, La Sapienza, Roma)
il Sole 24 Ore
«Escrito com grande perícia e falsa ingenuidade, como se se tratasse de alguém que se encontrou ali por acaso, toca com simplicidade e exaustividade tudo o que há a saber sobre a “máquina mais complexa do mundo”. (…) É um alívio encontrar um livro que se pode ler com um suave desenvolvimento que fala do cérebro sem omitir nada e sem dizer coisas insensatas».
Edoardo Boncinelli (geneticista, escritor)
il Corriere della Sera