No âmbito do ciclo de música “Reencontros – Memórias Musicais no Palácio de Sintra”, organizado pela Parques de Sintra, com a direção artística de Massimo Mazzeo, Centro de Estudos Musicais Setecentistas em Portugal – Divino Sospiro, assinala-se o Concerto “Os humores de Orlando di Lasso” pelo Ensemble Odhecaton, com o apoio do Instituto Italiano de Cultura:
Orlando di Lasso, representante maior da polifonia do século XVI, evidenciava uma vocação cosmopolita e também uma extraordinária versatilidade. Nascido e criado na Flandres, teve as suas primeiras experiências musicais na Itália e, mais tarde, integrou a capela da corte do Duque da Bavária, em Munique, onde permaneceria o resto da sua vida. Lasso sobressaía tanto no reportório sagrado como profano, compondo com confiança desde madrigais italianos a lieder, chansons, moresche e villanesche. Algumas das suas composições polifónicas são aqui divididas por géneros e “humores”, em conformidade com o caráter jovial ou melancólico da sua complexa personalidade. Odhecaton
Odhecaton:
Paolo da Col | direção musical
Alessandro Carmignani; Andrea Arrivabene; Gianluigi Ghiringhelli | contratenores
Alberto Allegrezza; Luca Dordolo; Riccardo Pisani; Vincenzo Di Donato | tenores
Enrico Bava; Marcello Vargetto | baixos
Repertório:
Orlando di Lasso (1530/32-1594)
– Al Gran Guglielmo nostro
1. Humor melancólico
(Contritio cordis)
• Madonna mia pietà
• La nuict froide et sombre
• In monte Oliveti
• Canzon, la doglia e’l pianto
• Memento peccati tui
2. Humor sanguíneo
• Zanni! Piasi, patrò?
• Chi passa per ‘sta strada, de Filippo Azzaiolo (?-c.1557/69)
• Matona mia cara
• O là! o che bon eccho
• Helas j’ay sans mercy
• Saccio ’na cosa
• Tutto lo dì mi dici
• Allalà pia calia
• Chi chilichi
3. Laudatio Dei, Laudatio musicae
• Dixit Joseph
• Missa super Dixit Joseph: Agnus Dei
• Cum essem parvulus
• Musica Dei donum optimi
ODHECATON. Desde o seu lançamento, em 1998, o grupo Odhecaton recebeu alguns dos mais prestigiados prémios europeus. Foi louvado pela crítica devido às suas interpretações expressivas que realçam o texto escrito e o tratamento expressivo da polifonia. Este agrupamento vocal italiano deve o seu nome ao primeiro livro de polifonia impresso, o Harmonice Musices Odhecaton, publicado em 1501 por Ottaviano Petrucci, em Veneza. O seu repertório de base é a música polifónica europeia dos séculos XV a XVII. Dirigido por Paolo Da Col, Odhecaton reúne algumas das melhores vozes masculinas italianas especializadas na interpretação de música renascentista e barroca. O grupo gravou 14 álbuns, dedicados à música de Nicolas Gombert, Heinrich Isaac, Josquin Desprez, Francisco Peñalosa, dos compositores espanhóis e portugueses ativos nas Canárias no séc. XVII, de Palestrina, Monteverdi, Carlo Gesualdo, Orlando di Lasso, Alessandro Scarlatti e Loyset Compère. Estes programas levaram a atuações nos principais festivais europeus e americanos, e a importantes distinções no mundo discográfico: “Grand Prix International de l’Académie du disque lyrique”, “Diapason d’or” e “Diapason d’or de l’année” (Diapason), “Choc” (Classica), “Disco del mese” (Amadeus e CD Classics), “CD of the Year” (Goldberg) e “Editor’s choice” (Gramophone). O álbum dedicado a Claudio Monteverdi, contém a primeira gravação de três motetes inéditos do compositor. A discografia mais recente do grupo inclui a música sacra de Alessandro Scarlatti — “Choc” (Classica) e “Editor’s choice” (Gramophone), janeiro de 2017 —, a Missa Galeazescha, de Compère — “Diapason d’or” e “Editor’s choice”, novembro de 2017 — e Monteverdi in San Marco , todos editados pela Arcana Outhere.
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