Exposição “Forma Mentis” da artista Paola Pezzi, no âmbito da Primeira Edição do Ciclo “Giornate del Contemporaneo – Italian Contemporary Art”
A inauguração, no passado dia 10 de outubro, contou com a presença da artista
Paola Pezzi nasceu em Brescia em 1963. Vive e trabalha em Milão. Estreia-se no final da década de ’80, com esculturas trabalhadas com modalidades pictóricas, materiais contemporâneos (poliuretano, espuma, telas) enterrados, trazidos outra vez à superfície e exibidos como achados arqueológicos dos dias de hoje. A necessidade de ir além faz com que, no final dos anos ’90, se abra para a pintura enquanto instrumento de releitura, reflexão e descrição do trabalho por meio de uma espécie de documentário de viagem, dando origem a grandes telas sobre o tema (“Estudo móvel”) como habitat explicativo da própria ação. A partir da imersão no reino da cor, em 2000 nascem esculturas, assemblagens criadas com um mostruário de objetos presos à realidade (cortiça, madeira, feltro), valendo-se quer do material pictórico (lápis de cor, lápis de cera, carvão, borracha, paletes de pintar) quer da vida quotidiana (palhinhas, palitos, franjas, cotonetes, fósforos, canelas de costura).
A produção de Paola Pezzi é caracterizada desde sempre por uma forte componente manual e, em 2005, nascem os primeiros trabalhos onde aparecem concretamente mãos, que mexem e formam a obra para depois se tornar único sujeito (“Valanga/Avalanche”, “Vortice/Vórtice”).
Os últimos anos são caracterizados por um constante “ultimar” e “afinar as armas” muito evidente nas obras em feltro e em borracha: o ato de apagar qualquer complacência formal que revela a pura forma da obra, com uma possibilidade de crescimento próprio, capaz de se expandir no espaço e no tempo em infinitas variações.
Imagem: Paola Pezzi – Feltro rosso, 2017