Questo sito utilizza cookie tecnici, analytics e di terze parti.
Proseguendo nella navigazione accetti l'utilizzo dei cookie.

Preferenze cookies

CINEMA ITALIANO no FICLO – Festival Internacional de Cinema e Literatura de Olhão

Ciclo de Cinema Italiano no âmbito do FICLO – Festival Internacional de Cinema e Literatura de Olhão, organizado pelo Cineclube de Tavira, co-produzido pelo Município de Olhão, com o apoio do Instituto Italiano de Cultura de Lisboa.

FILMES ITALIANOS:

PAISÀ (Paisan) de Roberto Rossellini (1946)
15 de Julho às 15h00
Algarcine Olhão

Um filme antologia de diferentes narrativas norte-americanas. Paisà evoca Steinbeck, Hemingway e Faulkner. Relatando a progressão das tropas aliadas desde o Sul até ao Norte de Itália, o filme atravessa em 6 episódios a Sicília, Nápoles, Roma, Florença, Appennino Emiliano e Porto Tolle. Nomeado para os óscares em 1950, é considerado um dos filmes italianos mais importantes sobre a memória colectiva de Itália.

IL DECAMERON (Decameron) de Pier Paolo Pasolini (1971)
16 de Julho às 15h00
Algarcine Olhão

Decameron, primeiro filme da Trilogia da Vida de Pier Paolo Pasolini, recria o ambiente da Idade Média, adaptando de forma livre histórias da obra homónima de Boccaccio, conjugando-as com reflexões que faz sobre a própria contemporaneidade. Na poética pasoliniana, a sexualidade é objeto de investigação estética, essencial para a experiência humana, mas marcada pelo grande problema da representação. Nas palavras de Pasolini, temos de “assumir na área do representável aquilo que por hipocrisia, medo, angústia, nunca tinha sido representado, e que todavia é uma parte essencial da existência: isto é, o sexo no seu momento existencial, corporal, carnal”. O filme foi distinguido com o Urso de Prata do Festival de Berlim.

IL GATTOPARDO (The Leopard) de Luchino Visconti (1963)
16 de Julho às 18h00
Algarcine Olhão

Em 1860, Garibaldi inicia o movimento de unificação de Itália. Dom Fabrizio é um aristocrata que tenta manter o anterior modo de vida, apesar dos tempos de mudança. Para Dom Fabrizio a ascensão da burguesia é uma ameaça. Mas numa manobra astuta, o aristocrata combina o casamento do seu sobrinho Tancredi com Angélica, filha de um rico e influente administrador de propriedades. Fiel aos seus valores, Dom Fabrizio consegue assim manter acesa a chama do antigo regime. Obra-prima del grande maestro italiano Luchino Visconti, a partir da obra homónima de Tomasi di Lampedusa.

L’AVVENTURA (The Adventure) de Michelangelo Antonioni (1960)
17 de Julho às 15h00
Algarcine Olhão

Com argumento escrito por Antonioni com os escritores Elio Bartolini e Tonino Guerra, o filme aborda o desaparecimento de uma jovem durante uma viagem pelo Mediterrâneo. Entre a amiga e o namorado da jovem desaparecida surge uma forte atracção e eles tornam-se amantes. Aquilo que no início parece ser um policial, acaba por ser um filme sobre a solidão, a incomunicabilidade e o abandono. A paisagem em Antonioni é pura literatura. Foi Prémio do Júri no Festival de Cannes, em 1960.

PROFESSIONE: REPORTER (The Passenger) de Michelangelo Antonioni (1975)
17 de julho, 18h00
Algarcine Olhão

Jack Nicholson é um jornalista que troca de identidade com um morto. Como The Adventure, este é um filme com toques de suspense, mas que trata o tema da identidade, o grande assunto da literatura do século passado. O realizador propõe-se encontrar uma tradução visual para esta problemática, e, na linha do nouveau roman, Antonioni, que participa na escrita do argumento, construiu um filme onde o sujeito se dilui na paisagem: um homem coisificado dentro de um mundo de objectos.

VIAGGIO IN ITALIA (Journey to Italy) de Roberto Rossellini (1954)
18 de Julho às 15h00
Algarcine Olhão

Para Jacques Rivette é o filme “que abre uma brecha pela qual todo o cinema moderno deve, obrigatoriamente, passar”. Um casal viaja até Itália para vender uma villa que herdaram perto de Nápoles. Quando saem do ambiente londrino e se encontram numa paisagem amena, os dois experimentam sentimentos esquecidos, ciúmes e ressentimentos. Uma pérola de Rossellini, um retrato de uma crise matrimonial, mescla de ficção com documentário – tanto um como o outro nem sempre com uma função estritamente narrativa. Filme que se inspira nas últimas páginas de “Os Mortos”, integrado na obra de James Joyce “Dublinenses”.

I RACCONTI DI CANTERBURY (The Canterbury Tales) de Pier Paolo Pasolini (1972)
19 de Julho às 15h00
Algarcine Olhão

Pier Paolo Pasolini inspira-se nos “Contos da Cantuária” do poeta medieval Geoffrey Chaucer com uma estrutura similar ao “Decameron” de Boccaccio, neste segundo filme da sua Trilogia da Vida. Em palavras de Pasolini, “nestes filmes queria representar uma realidade física, uma realidade corpórea que estou a ver ser destruída […]”. Chocante ou não, o filme trouxe a Pasolini o Urso de Ouro do Festival de Berlim.

LA CADUTA DEGLI DEI (The Damned) de Luchino Visconti (1969)
20 de Julho às 15h00
Algarcine Olhão

A génese do movimento nazi que dominou a Alemanha nos anos 30 e 40 pelos olhos de Luchino Visconti, através da história da queda da dinastia Essenbeck. Visconti declarou na altura: “Estou a fazer Os Malditos para as gerações que não sabem como era o nazismo. (…) Os jovens têm de entender que a ausência de protesto constitui o pior dos males”. Uma história social e política que narra o percurso de decadência dos Essenbeck, uma família rica e poderosa detentora de um grande império industrial, e, em paralelo, o avanço e tomada de poder de Hitler. Lutas pelo poder, traições, corrupção e degradação sexual na época do Terceiro Reich. O filme, que se inspira livremente no livro “Os Buddenbrook” de Thomas Mann, incorporou magistralmente as possibilidades do espaço cénico no espaço fílmico.

IL FIORE DELLE MILLE E UNA NOTTE (Arabian Nights) de Pier Paolo Pasolini (1974)
21 de Julho às 15h00
Algarcine Olhão

A última parte da Trilogia da Vida de Pasolini é a síntese da sua forma de trabalho e o auge do seu pensamento sobre o passado não contaminado. Pasolini reconhece na lendária antologia árabe das “Mil e Uma Noites” a própria potência narrativa da sua obra; a capacidade de fabular até ao infinito. São quinze histórias ligadas, desta vez, pela voz do jovem Nur-Ed-Din, separado da sua amada Zumurrud. Pasolini filmou as cenas ao longo de África e Ásia, pela Eritreia, o Nepal, o Iémen e o Irão, em busca de cenários e personagens.

MORTE A VENEZIA (Death in Venice) de Luchino Visconti (1971)
21 de Julho às 18h00
Algarcine Olhão

História do encontro entre um compositor envelhecido e em crise e um jovem, num luxuoso hotel de Veneza, à beira-mar. Adaptação ao cinema da novela homónima de Thomas Mann, é a história doa confrontação entre o universo mental de Aschenbach, no qual se fechou, e o mundo tangível e vivo de Tadzio, que encarna a própria vida, tão bela como perturbadora. É um encontro sem diálogos, uma comunicação para além das palavras.

  • Organizzato da: Cineclube de Tavira, Município de Olhão
  • In collaborazione con: Istituto Italiano de Cultura